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17 de julho de 2011

SUGESTÕES PARA AS FÉRIAS

PREZADOS LEITORES!

Para acessar a nossa galeria de fotos na web, basta clicar neste link abaixo:

http://picasaweb.google.com/livrocais

Sugestão para as férias:

A postagem abaixo, foi sugestão de nossa leitora Angeli Jacinto.
Fico muito feliz por nos presentear com esta belíssima mensagem.
Lembro-me que um dia ela me falou:
- Pra você o mundo está sempre na cor rosa...
E eu pensei assim:
- Vou ficar em silêncio e esperar que
um dia ela manifeste o seu lado rosa...
Hoje ao ler a referida mensagem,
reforço a ideia do título e digo mais:
- Ela não basta ser lida...
precisa ser vivenciada...

MARIO QUINTANA VALE A PENA SER LIDO

(Mário Quintana)

Não quero alguém que morra de amor por mim...
Só preciso de alguém que viva por mim,
que queira estar junto de mim, me abraçando.
Não exijo que esse alguém me ame como eu o amo,
quero apenas que me ame,
não me importando com que intensidade.

Não tenho a pretensão de que todas as pessoas que gosto,
gostem de mim...
Nem que eu faça a falta que elas me fazem,
o importante pra mim é saber que eu,
em algum momento, fui insubstituível...
E que esse momento será inesquecível...
Só quero que meu sentimento seja valorizado.

Quero sempre poder ter um sorriso estampando em meu rosto,
mesmo quando a situação não for muito alegre...
E que esse meu sorriso consiga transmitir paz
para os que estiverem ao meu redor.
Quero poder fechar meus olhos e imaginar alguém...
E poder ter a absoluta certeza
de que esse alguém também pensa em mim
quando fecha os olhos, que faço
falta quando não estou por perto.

Queria ter a certeza de que apesar de
minhas renúncias e loucuras,
alguém me valoriza pelo que sou, não pelo que tenho...
Que me veja como um ser humano completo,
que abusa demais dos bons sentimentos
que a vida lhe proporciona,
que dê valor ao que realmente importa,
que é meu sentimento...
E não brinque com ele.
E que esse alguém me peça para que eu nunca mude,
para que eu nunca cresça,
para que eu seja sempre eu mesmo.

Não quero brigar com o mundo,
mas se um dia isso acontecer,
quero ter forças suficientes
para mostrar a ele que o amor existe...
Que ele é superior ao ódio e ao rancor,
e que não existe vitória sem humildade e paz.
Quero poder acreditar que mesmo se hoje eu fracassar,
amanhã será outro dia,
e se eu não desistir dos meus sonhos e propósitos,
talvez obterei êxito e serei plenamente feliz.

Que eu nunca deixe minha esperança
ser abalada por palavras pessimistas...
Que a esperança nunca me pareça um "não"
que a gente teima em maquiá-lo de verde e entendê-lo como "sim".

Quero poder ter a liberdade
de dizer o que sinto a uma pessoa,
de poder dizer a alguém o quanto
ela é especial e importante pra mim,
sem ter de me preocupar com terceiros...
Sem correr o risco de ferir uma
ou mais pessoas com esse sentimento.

Quero, um dia, poder dizer às pessoas
que nada foi em vão...
Que o amor existe, que vale a pena
se doar às amizades a às pessoas,
que a vida é bela sim, e que eu sempre
dei o melhor de mim...e que valeu a pena!!!

REFLETINDO SOBRE O QUE ACABEI DE LER:

Partilho com vocês o meu lado rosa da vida!

O LADO ROSA DA VIDA


Realmente, para um ser humano ser feliz e ver tudo
com olhos de sabedoria e simplicidade,
é necessário ter vivido muita emoção
em tudo que tenha feito,
para poder entender o segredo da alegria de viver.
A felicidade não é algo que se busca fora de nós.
Ela encontra-se dentro de nós mesmos.

Quando não a sentimos
é porque deixamos de fazer alguém feliz.
A felicidade tem o efeito de um bumerangue,
ele vai, mas volta sempre em nossa direção.

Quantas vezes, exigimos dos outros
mais do que podem nos dar,
procurando a perfeição em tudo o que fazemos,
preocupados com resultados
esquecendo de que o processo é o que vale.

Durante a caminhada, vivemos,
mas se pensarmos só na chegada,
deixamos de viver "o lado rosa da vida",
deixamos de sentir o aroma das flores
e a alegria das crianças.

Todos somos insubstituíveis,
mas qualquer um de nós
pode fazer melhor
aquilo que alguém já realizou.
Já não somos mais aquilo que fomos um dia,
mas temos a capacidade para sermos
aquilo que ainda almejarmos ser.
(Mª de Fátima M. Baumgärtner)

ESTA É SUGESTÃO DOS NOSSOS ALUNOS
http://www.releituras.com/mquintana_bio.asp


O tempo

A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são seis horas!
Quando se vê, já é sexta-feira!
Quando se vê, já é natal...
Quando se vê, já terminou o ano...
Quando se vê perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê passaram 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado...
Se me fosse dado um dia, outra oportunidade,
eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho
a casca dourada e inútil das horas...
Seguraria o amor que está a minha frente
e diria que eu o amo...
E tem mais: não deixe de fazer algo
de que gosta devido à falta de tempo.
Não deixe de ter pessoas ao seu lado
por puro medo de ser feliz.
A única falta que terá será a desse tempo que,
infelizmente, nunca mais voltará.

Mário Quintana
............................................
Poeminho do Contra

Todos esses que aí estão
Atravancando meu caminho,
Eles passarão...
Eu passarinho!
(Prosa e Verso, 1978)


Biografia Mário Quintana


Mário de Miranda Quintana foi um poeta, tradutor e jornalista. É considerado um dos maiores poetas brasileiros do século 20.

Mario de Miranda Quintana nasceu prematuramente na noite de 30 de julho de 1906, na cidade de Alegrete, situada na fronteira oeste do Rio Grande do Sul. Seus pais, o farmacêutico Celso de Oliveira Quintana e Virgínia de Miranda Quintana, ensinaram ao poeta aquilo que seria uma de suas maiores formas de expressão - a escrita. Coincidentemente, isso ocorreu pelas páginas do jornal Correio do Povo, onde, no futuro, trabalharia por muitos anos de sua vida.

O poeta também inicia na infância o aprendizado da língua francesa, idioma muito usado em sua casa. Em 1915 ainda estuda em Alegrete e conclui o curso primário, na escola do português Antônio Cabral Beirão. Aos 13 anos, em 1919, vai estudar em regime de internato no Colégio Militar de Porto Alegre. É quando começa a traçar suas primeiras linhas e publica seus primeiros trabalhos na revista Hyloea, da Sociedade Cívica e Literária dos Alunos do Colégio Militar.

Cinco anos depois sai da escola e vai trabalhar como caixeiro (atendente) na Livraria do Globo, contrariando seu pai, que queria o filho doutor. Mas Mario permanece por lá nos três meses seguintes. Aos 17 anos publica um soneto em jornal de Alegrete, com o pseudônimo JB. O poema era tão bom que seu Celso queria contar que era pai do poeta. Mas quem era JB? Mario, então, não perde a chance de lembrar ao pai que ele não gostava de poesia e se diverte com isso.

Em 1925 retorna a Alegrete e passa a trabalhar na farmácia de propriedade de seu pai. Nos dois anos seguintes a tristeza marca a vida do jovem Mario: a perda dos pais. Primeiro sua mãe, em 1926, e no ano seguinte, seu pai. Mas a alegria também não estava ausente e se mostra na premiação do concurso de contos do jornal Diário de Notícias de Porto Alegre com A Sétima Passagem e na publicação de um de seus poemas na revista carioca Para Todos, de Alvaro Moreyra.

Corre o ano de 1929 e Mario já está com 23 anos quando vai para a redação do jornal O Estado do Rio Grande traduzir telegramas e redigir uma seção chamada O Jornal dos Jornais. O veículo era comandado por Raul Pilla, mais tarde considerado por Quintana como seu melhor patrão.

A Revista do Globo e o Correio do Povo publicam seus versos em 1930, ano em que eclode o movimento liderado por Getúlio Vargas e O Estado do Rio Grande é fechado. Quintana parte para o Rio de Janeiro e torna-se voluntário do 7º Batalhão de Caçadores de Porto Alegre. Seis meses depois retorna à capital gaúcha e reinicia seu trabalho na redação de O Estado do Rio Grande.

Em 1934 a Editora Globo lança a primeira tradução de Mario. Trata-se de uma obra de Giovanni Papini, intitulada Palavras e Sangue. A partir daí, segue-se uma série de obras francesas traduzidas para a Editora Globo. O poeta é responsável pelas primeiras traduções no Brasil de obras de autores do quilate de Voltaire, Virginia Woolf, Charles Morgan, Marcel Proust, entre outros.

Dois anos depois ele decide deixar a Editora Globo e transferir-se para a Livraria do Globo, onde vai trabalhar com Erico Verissimo, que lembra de Quintana justamente pela fluência na língua francesa. É por esta época que seus textos publicados na revista Ibirapuitan chegam ao conhecimento de Monteiro Lobato, que pede ao poeta gaúcho uma nova obra. Quintana escreve, então, Espelho Mágico, que só é publicado em 1951, com prefácio de Lobato.

Na década de 40, Quintana é alvo de elogios dos maiores intelectuais da época e recebe uma indicação para a Academia Brasileira de Letras, que nunca se concretizou. Sobre isso ele compõe, com seu afamado bom humor, o conhecido Poeminha do Contra.

Como colaborador permanente do Correio do Povo, Mario Quintana publica semanalmente Do Caderno H, que, conforme ele mesmo, se chamava assim, porque era feito na última hora, na hora “H”. A publicação dura, com breves interrupções, até 1984. É desta época também o lançamento de A Rua dos Cataventos, que passa a ser utilizado como livro escolar.

Em agosto de 1966 o poeta é homenageado na Academia Brasileira de Letras pelos ilustres Manuel Bandeira e Augusto Meyer. Neste mesmo ano sua obra Antologia Poética recebe o Prêmio Fernando Chinaglia de melhor livro do ano. No ano seguinte, vem o título de Cidadão Honorário de Porto Alegre. Esta homenagem, concedida em 1967, e uma placa de bronze eternizada na praça principal de sua terra natal, Alegrete, no ano seguinte, sempre eram citadas por Mario como motivo de orgulho. Nove anos depois, recebe a maior condecoração que o Governo do Rio Grande do Sul concede a pessoas que se destacam: a medalha Negrinho do Pastoreio.

A década de 80 traz diversas honrarias ao poeta. Primeiro veio o Prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras, pelo conjunto da obra. Mais tarde, em 1981, a reverência veio pela Câmara de Indústria, Comércio, Agropecuária e Serviços de Passo Fundo, durante a Jornada de Literatura Sul-rio-grandense, de Passo Fundo.

Em 1982, outra importante homenagem distingue o poeta. É o título de Doutor Honoris Causa, concedido pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs). Oito anos depois, outras duas universidades, a Unicamp, de Campinas (SP), e a Universidade Federal do Rio de Janeiro concedem o mesmo tipo de honraria a Mario Quintana. Mas talvez a mais importante tenha vindo em 1983, quando o Hotel Majestic, onde o poeta morou de 1968 a 1980, passa a chamar-se Casa de Cultura Mario Quintana. A proposta do então deputado Ruy Carlos Ostermann obteve a aprovação unânime da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul.

Ao comemorar os 80 anos de Mario Quintana, em 1986, a Editora Globo lança a coletânea 80 Anos de Poesia. Três anos depois, ele é eleito o Príncipe dos Poetas Brasileiros, pela Academia Nilopolitana de Letras, Centro de Memórias e Dados de Nilópolis e pelo jornal carioca A Voz. Em 1992, A Rua dos Cataventos tem uma edição comemorativa aos 50 anos de sua primeira publicação, patrocinada pela Ufrgs. E, mesmo com toda a proverbial timidez, as homenagens ao poeta não cessam até e depois de sua morte, aos 88 anos, em 5 de maio de 1994.

Bibliografia:

- A Rua dos Cata-ventos (1940)
- Canções (1946)
- Sapato Florido (1948)
- O Batalhão de Letras (1948)
- O Aprendiz de Feiticeiro (1950)
- Espelho Mágico (1951)
- Inéditos e Esparsos (1953)
- Poesias (1962)
- Antologia Poética (1966)
- Pé de Pilão (1968) - literatura infanto-juvenil
- Caderno H (1973)
- Apontamentos de História Sobrenatural (1976)
- Quintanares (1976) - edição especial para a MPM Propaganda.
- A Vaca e o Hipogrifo (1977)
- Prosa e Verso (1978)
- Na Volta da Esquina (1979)
- Esconderijos do Tempo (1980)
- Nova Antologia Poética (1981)
- Mario Quintana (1982)
- Lili Inventa o Mundo (1983)
- Os melhores poemas de Mario Quintana (1983)
- Nariz de Vidro (1984)
- O Sapato Amarelo (1984) - literatura infanto-juvenil
- Primavera cruza o rio (1985)
- Oitenta anos de poesia (1986)
- Baú de espantos ((1986)
- Da Preguiça como Método de Trabalho (1987)
- Preparativos de Viagem (1987)
- Porta Giratória (1988)
- A Cor do Invisível (1989)
- Antologia poética de Mario Quintana (1989)
- Velório sem Defunto (1990)
- A Rua dos Cata-ventos (1992) - reedição para os 50 anos da 1a. publicação.
- Sapato Furado (1994)
- Mario Quintana - Poesia completa (2005)
- Quintana de bolso (2006)

No exterior:

- Em espanhol:
- Objetos Perdidos y Otros Poemas (1979) - Buenos Aires - Argentina.
- Mario Quintana. Poemas (1984) - Lima, Peru.

25 de abril de 2011

Matemática - Relatório das atividades - Valdir

Fractais - Corpo Humano

Nos dias 05 a 08 de abril, iniciamos atividades de medidas do corpo humano, com as turmas do 6º ano e 9º anos, após o seguinte questionamento:

- Qual seria o maior órgão do corpo de um ser humano?

Obtive inúmeras respostas, como: o braço, a perna, o coração, os ossos e outros.
Em seguida pedi que um aluno, utilizasse o papel pardo para realizar a atividade seguinte.

Formamos quatro grupos, em cada gum deles, quatro ou cinco pessoas. Foi solicitado a cada grupo, que escolhesse um aluno como manequim e contornasse seu corpo. Depois desenharam as partes dos membros do corpo humano, medindo com uma régua de 30 centímetros.

Durante as medidas, foram notadas as dificuldades de medirem as partes circulares, ou formas semi-ovais e a diferença dos quadris entre os homens e as mulheres.

No final foi quadriculado o desenho em partes de 20 centímetros, depois pintaram a área da sombra ou boneco, para determinar sua área externa e área interna (medir a aproximadamente a pele de cada desenho).

A turma do 9º ano conseguiu identificar a maior parte do corpo, (pele) já a turma do 6º ano, demorou para identificar, afirmavam que era o corpo e finalmente identificaram qual era o maior.

Após esses trabalhos, expomos em todo o interior da escola e os mesmos foram observados por todos. Foi até eleito o desenho mais bonito, após esta etapa será mostrado um vídeo, sobre as fases da vida humana.

Parindo daí, anotaremos o crescimento do corpo e as suas transformações ao longo da vida.

Bibliografia

Filme: O corpo humano, partes da fase humana. 1999. Editora Globo.

Fractais: Caderno 2, pág. 26. Exercitando os objetos e figuras. 2010. Gestar 1



Robo


Fizemos ate agora os pés do robo e esta muito legal e minha dupla é Kleiton e Josias e David mais o David saiu da dulpa e agora esta o Kleiton e o Josias mais agora agente tem que fazer as pernas do robo e agora agente tem que fazer a barigua do robo e depois agente vamos fazer os braços e a cabeça mais agente tem que ter canudos para o robo ficar em pé senão o robo não vai ficar em pé ele vai cair



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Publicar postagem Salvar agoraSalvar como rascunho Retornar à lista de postagens11/07/2011 11:28:30am
"Valdir de Assis Chaves"


Para: valdirchaves@blumenau.sc.gov.br


Anexos: Contrato Didático - Valdir - Matemática.doc

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CONTRATO DIDÁTICO MATEMÁTICA NAS SERIES INICIAIS








Valdir de Assis Chaves








1. INTRODUÇÃO E OBJETIVOS








Relatarei nesse trabalho, uma experiência feita pelos professores da Escola Básica "Adelaide Starke" em Blumenau, no início a professora de Educação Infantil, trouxe uma pinha, sendo que os alunos desconheciam essa fruta e conversamos para trabalhar conteúdos da Matemática e áreas afins. Nesse dia apresentei como professor da matéria de matemática e que na próxima aula estaríamos trabalahndo com conjunto, os três professores (Matemática, Professora de Sala e uma de Apoio, essa conhecemos como PAPI - Professora de Apoio Pedagógico), porque na sala tem uma aluna de necessidades especiais. O que elaboramos para ser estudado por essa equipe foi o Contrato Didático.



Com o processo ensino-aprendizagem, tem que ser trabalhada com todos os alunos, pelos professores ou o professor, a junção de ambos, que fará a garantia de um sucesso do contrato didático. Esse objetivo da aprendizagem, com a sua relevância, tem seu objetivo a Didática da Matemática e suas áreas afins.



No início dos anos 70, surgiram as pesquisas de Didática da Matemática, com esse contrato didático, foi iniciado pelo Guy Brousseau e usado até os tempos atuais.



O Contrato Didático é um trabalho feito em sala de aula, usando teste ou exercícios para a base teórica com fundamentos, regras, tabelas, seqüências, trabalhos e raciocínio lógico matemático.








2. PROBLEMA DE PESQUISA


Conforme as pesquisas na Educação Matemática, começamos com trabalho dos alunos das séries iniciais de uma fruta ou alimento de todas as regiões brasileiras, com objetivo de criar hábito de raciocínio lógico resposta aberta, usando os conhecimentos dos alunos para a solução, para verificando o contrato didático dos professores, servidores da escola e no final usando os conhecimentos e os f undamentos lógicos matemáticos.



3. METODOLOGIA


De acordo com as pesquisas de Bogdan e Biklen (1982), temos as qualitativas seus dados é o principal instrumento, ocorre sem a intenção do pesquisador, chamado de "naturalístico", as descrições de pessoas, tem o maior índice elementos da situação estudada e na sua compreensão do que está sendo estudado.



Esse o processo é muito maior do que com o produto, o pesquisador deve ter um problema ou uma atividade, elas tem o significado muito especial do pesquisador, as questões devem ser focadas nos diferentes pontos de vista dos participantes, os estudos qualitativos tem o dinamismo é observado nos dados de baixo para cima.



A pesquisa qualitativa, segundo Bogdan e Bliklen (1982), tem os dados descritivos, direto do pesquisador e a situação estudada, está voltado para retratar a perspectiva dos participantes.



Segundo Goode e Hatt (1968), as características está associadas ao estudo de caso, visa à descoberta; enfatizar a "interpretação um tema", buscar a realidade, a informação; a generalização naturalística, utilizar a linguagem de forma mais acessível.



A pesquisa foi realizada aleatória e composta pelas seguintes turmas:







· Vinte e três alunos do 1º ano "F" das Séries Iniciais, com idades entre seis e oito anos;







· Vinte e cinco alunos do 3º ano "A" das Séries Iniciais, com idades entre doze e dezesseis anos;







· Vinte e seis alunos do 7ª ano "B" das Séries Finais, com idades entre doze e dezesseis anos;







· Vinte e quatro alunos do 6º ano do EJA (Educação de Jovens e Adultos) equivalente à 5ª Série do Ensino Fundamental, com idades entre dezessete e cinqüenta e um .




















Nesse contexto foram observadas quatro aulas, dos períodos diurnos e vespertinos, sendo utilizadas as primeiras aulas dos períodos. Não buscaremos comparação entre as turmas, mas sim uma análise das questões que formavam o teste e a interpretação dos erros cometidos pelos alunos (se ocorreram) evidenciando ou não uma ruptura no contrato didático. Também estamos interessados em analisar as reações dos alunos à realização do teste, suas expectativas, ansiedades, explicitando a forma como se relacionam com um instrumento avaliativo e com os pesquisadores.







4. REFERENCIAL TEÓRICO



Após a metade da década de 70, em âmbito a pesquisas em Didática da Matemática, surgiu a idéia de Contrato Didático, lançada por Guy Brosseau desde os anos sessenta, e tornada famosa graças ao célebre artigo de 1986 (Brousseau, 1986).Tal idéia logo se revelou frutífera e foi definitivamente estabelecida pelas pesquisas que se envolveram a respeito do tema, desde o início dos anos setenta. Posteriormente, os estudos da segunda metade dos anos oitenta decretaram seu triunfo e a total teorização. Vários estudiosos do muno inteiro participaram desses estudos: a idéia passou a ser reconhecida e foi incorporada na linguagem
compartilhada pela comunidade internacional.



Essa idéia, cujo espírito era totalmente francês, não era completamente nova. Em 1973, Jeanine Filloux introduziu a expressão contrato pedagógico para definir alguns tipos de relações entre professor e aluno. Esse era um contrato geral, mais social do que cognitivo, enquanto que o contrato didático de Brousseau considera também os conhecimentos que estão em jogo. Em uma situação de ensino, preparada e realizada por um professor, o aluno tem, em geral, como tarefa, resolver um problema (matemático) que lhe é apresentado, mas o acesso a essa tarefa é feito através da interpretação das perguntas colocadas, das informações fornecidas, das obrigações estabelecidas que seja
constante da maneira de ensinar do professor. Esses hábitos (específicos) do professor esperados pelo aluno e os comportamentos do aluno esperados pelo professor constituem o contrato didático.



Esse contrato é o conjunto de regras que determinam, uma pequena parte explicitamente, mas sobretudo implicitamente, o que cada parceiro da relação didática deverá gerir e aquilo que, de uma maneira ou de outra, ele terá de prestar conta perante o outro. (Brousseau, 1986 apud SILVA, 1999, p. 44) .



Muitas vezes, essas "expectativas" não são devidas a acordos explícitos, impostos pela escola ou pelos professores ou compartilhados pelos alunos, mas dependem da concepção da escola, da Matemática, da repetição de modalidades.



Esse comportamento por parte dos alunos revela que existem regras vigentes, ainda que implícitas completamente internalizadas por eles, regras essas que, quando aplicadas, conduzem a uma grande quantidade de erros dos alunos e a incoerência no tratamento desses erros pelos professores. Segundo a análise de Chevallard (1988 apud SILVA, 1999, p. 51), algumas destas regras são:



Sempre há uma resposta a uma questão matemática e o professor a conhece. Deve-se sempre dar uma resposta que eventualmente será corrigida; Para resolver um problema é preciso encontrar os dados no seu enunciado. Nele devem constar todos os dados necessários e não deve haver nada de supérfluo; Em matemática resolve-se um problema efetuando-se operação. A tarefa é encontrar a boa operação e efetuá-la corretamente. Certas palavras-chave contidas no enunciado permitem que se adivinhe qual é ela; Os números são simples e as soluções também devem ser simples, senão, é possível que se engane; as questões colocadas não têm, em geral,
nenhuma relação com a realidade cotidiana mesmo que pareçam ter, graças a um habilidoso disfarce.















5. ANÁLISE DOS DADOS



Estudaremos os dados obtidos no teste aplicado enfocando a reação dos alunos durante a aplicação e a análise individual das questões e dos erros ocorridos a fim de evidenciar a ruptura e renegociação do contrato didático existente nestas turmas.



O teste (anexo 1) foi aplicado em quatro salas diferentes. Combinamos com os professores de cada turma que, no início da aula, eles anunciaram que iriam fazer uma "prova" naquele instante, e que teria conceito, ou seja, nota. Este pedido deve-se ao fato de que um dos objetivos fundamentais desta pesquisa era conhecer a reação dos alunos diante de uma avaliação tradicional, buscando verificar se uma das cláusulas do contrato didático estabelecido era que uma questão matemática sempre tem uma, e somente uma solução e esta solução deve ser "descoberta" pelo aluno. Observamos as diferentes reações dos alunos diante dessa quebra de contrato didático: "Eu não vou
fazer essa prova"; "A prova é dupla?"; "Isso não está certo"; "Por que vou fazer outra prova?"; "Nem avisa para estudar"; "Que brincadeira é essa?"; "Eu não vou saber fazer nada, faz 20 dias que não venho pra escola"; "Individual sem consulta?". Em cada manifestação destes alunos, percebemos a evidência de certas cláusulas implícitas, como: a avaliação é um processo punitivo; deve ser previamente marcada para que os alunos se preparem, portanto não é um processo contínuo; avaliações individuais são mais fáceis do que as realizadas em dupla, etc.



A seguir, veremos a análise de cada um dos problemas contidos nos testes aplicados para 100 (cem) alunos das diferentes turmas. A análise foi feita com base na reação dos alunos diante dos problemas propostos pelo teste, nas respostas obtidas e na reação dos mesmos diante da correção de cada questão. Levantamos hipóteses sobre os erros cometidos pelos alunos. Porém uma aluna se destacou pelas respostas que não conseguimos interpretar, pois era claramente uma manifestação de revolta com o teste aplicado. Então, decidimos perguntar para ela o porquê das respostas e ficamos surpresos com a justificativa dada: "Fiquei revoltada com a prova". Também observamos que se
tratava de uma boa aluna e, provavelmente teve esta postura com medo de errar ou de não saber a respostas e o nervosismo diante da nova situação proposta.



Devido à grande quantidade de dados obtidos nesta pesquisa, optamos por realizar apenas a análise de seis questões (números 4, 10, 11, 12, 13 e 14) do teste proposto aos alunos (Anexo). A escolha da análise destas questões foi feita a posteriori e deveu-se ao fato delas apresentarem respostas que permitem uma maior evidência na quebra do contrato didático vigente, além de serem reproduções de outras pesquisas já realizadas, permitindo a realização de comparações.




Análise da Questão 4:



"Divida 30 por meio e adicione 10. Quanto você achou?"



Nesta questão tivemos dificuldade de levantar hipóteses sobre os erros cometidos pelos alunos. As respostas e a freqüência das mesmas com algumas hipóteses sobre os erros cometidos foram: "2" (1 aluno); "3" (1 aluno); "9" (1 aluno); "9,5" (3 alunos); "10,6" (3 alunos); "12" (1 aluno); "16" (3 alunos); "17,5" (1 aluno); "20" (1 aluno, hipótese: ); "25" (47 alunos, hipótese: ); "30" (1 aluno, hipótese: 1º número que aparece no enunciado); "35" (2 alunos); "40" (8 alunos, hipótese: 30+10); "70" (22 alunos acertaram a questão); "- 50" (1 aluno) ; n ão responderam (4 alunos).



Verificamos, nesta questão, muita dificuldade para resolver operações com números em forma de fração ou decimais. Para grande parte dos alunos, 47% que responderam 25, a expressão "divida por meio" foi interpretada como "divida por dois", portanto utilizaram a seguinte estratégia: , o que não estava de acordo com o enunciado, pois para se obter o resultado correto basta resolver a seguinte operação :





Análise da Questão 10:



"Num navio há 26 carneiros e 10 cabras. Qual é a idade do capitão?".



Este é o famoso Problema da Idade do Capitão aplicado por Chevallard que fez uma análise dos resultados de uma experiência realizada por uma equipe do IREM de Grenoble com 97 alunos de 7 e 8 anos de idade. Uma das revelações da pesquisa original foi que 76 alunos, ou seja, quase 80% das crianças, calcularam a idade do capitão utilizando os número que figuram no enunciado.





"O autor citado, analisando as respostas dos alunos, desloca a questão da logicidade para a questão do contrato didático. Observa que a "lógica" que norteia as respostas dos alunos não é aquela que questiona a pertinência dos dados contidos na questão proposta. A lógica que vigora é a do contrato didático segundo a qual um problema tem uma e uma só resposta e, para se chegar a ela, todos os dados propostos devem ser utilizados sem que haja necessidade de nenhuma outra indicação. A utilização pertinente dos dados se faz segundo um esquema de jogos familiares, tais como operações aritméticas, regras de três, falsa posição, etc., que constituem o campo de ação e a margem de manobra do aluno." (SILVA,
1999, p. 48-49 ).



Mas será que obtivemos resultado similar aplicando os testes com alunos em faixa etária bem mais avançada daqueles estudados por Chevallard? Vejamos as respostas e a freqüência das mesmas com algumas hipóteses sobre os erros cometidos: "11 anos" (1 aluno); "16 anos" (1 aluno, hipótese: escreveu a própria idade); " 17 anos" (3 alunos, hipótese: escreveram a própria idade); " 18 anos" (3 alunos, hipótese: consideraram que o capitão deveria ser maior de idade ou escreveram a própria idade); " 27 anos" (1 aluno); "31 anos" (2 alunos); "36 anos" (39 alunos, hipótese: 10 + 26); " 40 anos" (1 aluno); "43 anos" (2 alunos); "182 anos" (1 aluna já citada nesta pesquisa que respondeu propositalmente da forma a
revelar sua insatisfação com o teste) ; " depende do Sol" (1 aluno); "não deu a idade" (6 alunos, hipótese: analisaram e concluíram que os dados do enunciado eram insuficientes para se obter uma resposta numérica); "não tem resposta" (2 alunos analisaram que os dados do enunciado eram insuficientes para se obter um resultado); "não é capitão quem comanda um navio" (1 aluno); "não há capitão" (12 alunos); não responderam (19 alunos); "sei lá" (3 alunos).



Podemos perceber que dos resultados obtidos a maioria (54% dos alunos) utilizaram encontraram uma idade para o capitão, muitos deles operando com os dois números que configuravam o enunciado do problema.




Análise da Questão 11:



"Uma criança tinha 115 cm de altura quando tinha 10 anos. Qual será sua altura quando tiver 20 anos?".



As respostas e a freqüência das mesmas com algumas hipóteses sobre os erros cometidos foram: "3+3" (1 aluno); "30 cm" (1 aluno, hipótese: 20 + 10) ; " 115 cm" (5 alunos); 1,45 cm (1 aluno, hipótese: 115+20+10); " 1,70 cm" (2 alunos) ; " 173 cm" (1 aluno) ; 180 cm (1 aluno) ; " 207 cm" (3 alunos que justificaram a resposta como sendo a altura de uma das alunas mais altas da escola); " 217 cm" (1 aluno) ; " 220 cm" (1 aluno); " 230 cm" (25 alunos, hipótese: fizeram o cálculo utilizando o conceito de que idade e altura são grandezas diretamente proporcionais); " Com 20 não é criança" (1 aluno); "Pára aos 18" (1 aluno); "Depende" (14 alunos); "Ninguém sabe" (1 aluno); "Só Deus sabe" (1 aluno); "Não tem
resposta" (3 alunos); não responderam (32 alunos); "Não sei" (5 alunos).



Observamos que nesta questão 25% dos alunos responderam que a altura seria de 230 cm, aplicando o conceito de grandezas diretamente proporcionais. É interessante observar que o contexto, ou seja, a análise de que idade e altura não são grandezas proporcionais, até mesmo pelo resultado obtido (230 cm) que não é uma altura aceitável, não exerce influência na análise realizada pelos alunos. A cláusula implícita é que necessariamente deve-se realizar cálculos para chegar a uma resposta, ainda que esta resposta não represente algo provável ou real.




Análise da Questão 12:



"Uma embarcação leva 3 dias entre Le Havre e Nova Iorque. Quanto tempo levarão 3 embarcações para fazer esse percurso, se navegarem na mesma velocidade e partirem de Le Havre na mesma hora?"



As respostas e a freqüência das mesmas com algumas hipóteses sobre os erros cometidos foram: "2 dias" (1 aluno); "3 dias" (67 alunos) ; " 9 dias" (14 alunos, hipótese: utilizaram precipitadamente o conceito de grandezas proporcionais, pois se uma embarcação leva 3 dias, então 3 embarcações levaram 9 dias para chegar em Le Havre); "20 horas" (1 aluno); "36 horas" (1 aluno); "59 dias" (1 aluno); em branco (3 alunos); não responderam (7 alunos).



Portanto, nessa questão 67% utilizaram a lógica com os números que figuravam no enunciado e resolveram corretamente a questão.




Análise da Questão 13:



"Dois trabalhadores levaram 4 dias para cavar um poço. Quanto tempo levariam 4 trabalhadores para cavar um poço igual?"



As respostas e a freqüência das mesmas com algumas hipóteses sobre os erros cometidos foram: "1 dia" (14 alunos hipótese: são 4 dias e 4 trabalhadores e 4/4=1); "2 dias" (69 alunos calcularam utilizando o conceito de grandezas inversamente proporcionais); " 4 dias" (2 alunos, hipótese: considerando o tamanho do poço, poderia não caber os 4 funcionários dentro dele, portanto eles não poderiam trabalhar ao mesmo tempo); "16 dias" (1 aluno, hipótese: 4x4=16); "O dobro da velocidade" (1 aluno) ; n ão responderam (10 alunos).



Nessa questão 69% dos alunos responderam a questão utilizando o conceito de grandezas inversamente proporcionais para obter o resultado. Salientamos, no entanto, que não sabemos como este problema poderia ser resolvido na prática, pois, como justificado por alguns alunos, o aumento no número de funcionários não significaria, necessariamente, uma diminuição proporcional no tempo de execução da mesma tarefa. Discutimos, portanto, a validade de certos problemas matemáticos apresentados como "falsamente" proporcionais, simplificando por demais os exemplos que ocorrem no cotidiano.




Análise da Questão 14:



"O elevador de um edifício de 10 andares parte do térreo com 4 pessoas: 2 mulheres, 1 homem e 1 criança. Pára no 4º andar e aí sai 1 mulher e entram 3 homens. No 7º, saem 2 pessoas. Sabendo-se que houve apenas mais uma parada no 9º onde não desceu nenhuma criança e que o elevador chegou ao 10º andar com 11 pessoas, pergunta-se qual a idade do ascensorista?"



Este problema foi criado pelo Professor Doutor Benedito Antonio da Silva da PUC-SP, com o objetivo de realizar um teste comparativo ao Problema da Idade do Capitão, pois ele o propôs, em junho de 1998, no primeiro ano de um curso de Ciências Exatas para alunos com 18 anos de idade, faixa etária bem diferente da pesquisa por Chevallard. Analisando os resultados, o professor Benedito verificou que:



Dos 21 alunos, 10 operaram com os números do problema e apresentaram uma resposta, explicitando idade do ascensorista; 4 responderam que os dados apresentados não se relacionavam com a pergunta; 3 responderam que o ascensorista era a criança; 2 indicaram, pelas suas respostas, que perceberam a questão ("O elevador não tem ascensorista, porque o condomínio não tem dinheiro para pagar um" e "Não faço a mínima idéia") e 2 não responderam. (SILVA, 1999, p. 49-50).



Em nossa pesquisa, verificamos que as respostas e a freqüência das mesmas com algumas hipóteses sobre os erros cometidos foram: "4 anos" (1 aluno, hipótese: quatro é o primeiro algarismo que indica o número de pessoas no enunciado); " 11 anos" (4 alunos. hipótese: 11 é o número de pessoas que chegaram ao 10º andar); " 16 anos" (1 aluno ); "1 7 anos" (1 aluno) ; " 18 anos" (1 aluno) ; " 19 anos" (2 alunos) ; " 21 anos" (2 alunos, hipótese: operaram com os números presentes no enunciado, ou seja, 4+7+9+10); "22 anos" (2 alunos) ; " 25 anos" (4 alunos, hipótese: operaram com os números presentes no enunciado, ou seja, 4+2+1+1+1+3+2+11); " 35 anos" (1 alunos, hipótese: operou com os números presentes no
enunciado, ou seja, 10+4+2+1+1+1+3+2+11 ); " 42 anos" (1 aluno, hipótese: a própria idade do aluno da turma EJA); " 44 anos" (1 aluno); "45 anos" (1 aluno)(julgou como sendo uma idade ideal para um ascensorista); "47 anos" - (2 alunos, hipótese: a própria idade dos alunos da turma EJA ); " 54 anos" (1 aluno, hipótese: operou com os números presentes no enunciado, ou seja, 4+2+1+1+1+3+2+11+10+7+9+10); " 55 anos" (1 aluno ); " 61 anos" (7 alunos, h ipótese: somaram todos os números presentes no enunciado, ou seja, 4+2+1+1+1+3+2+11+10+7+9+10); " 100 anos" (1 aluno ); " 354 anos" (1 a luna que propositadamente respondeu as questões sem razão ou bom senso); " Um condutor de elevador não se chama ascensorista" (1 aluno); "Ascensorista não trabalha no elevador" (1 aluno); "Depende do Sol" (1 aluno); "O que é ascensorista?" (3 alunos); "Não tem
ascensorista" (19 alunos); "Não existe essa profissão" (4 alunos); "Não tem lógica" (1 aluno); "Não apareceu na pergunta" (1 aluno); não responderam (30 alunos); "Não sei" (4 alunos).



Podemos perceber que nessa questão 35% dos alunos utilizaram os números que figuravam no enunciado para responder a questão. Obtivemos, portanto, um resultado muito semelhante ao teste realizado pelo Professor Benedito com alunos do Ensino Superior.





6. CONCLUSÃO



Constatamos que o Contrato Didático pode ser um instrumento efetivo de análise da relação professor-aluno-saber, ao permitir a compreensão das atitudes e dos comportamentos dos atores didáticos. Diante do percebido, é possível uma reflexão sobre a ação, oportunizando que transformações possam ser efetuadas na travessia de um ensino tradicional para um que valorize a construção dos conhecimentos e não a simples transmissão de conteúdos sistematizados.



No nosso problema de pesquisa analisamos a reação dos alunos diante uma avaliação formulada com questões que normalmente os estudantes não se deparam, como por exemplo, questões que não possuem solução ou que possuem mais de uma solução. Conseguimos verificar a influência do contrato didático existente entre professores e alunos perante a quebra desse contrato.



O que ficou mais evidente durante a nossa pesquisa foi a quebra do contrato didático. Em todas as salas na qual foi aplicado o teste os alunos se questionavam o motivo do teste e porque não foram avisados com antecedência. As reações dos alunos podem ser resumidas como sendo indignação, medo e questionamentos sobre a validade do teste.



Essencialmente, o contrato didático é o conjunto das condições que determinam, quase sempre implicitamente, aquilo que cada um dos dois parceiros (professor e aluno) da relação didática tem a responsabilidade de gerenciar, e do que tem que prestar conta ao outro. Ele depende da estratégia de ensino adotada, adaptando-se a diferentes contextos. No nosso caso optamos ema analisar a quebra desse contrato, obtivemos sucesso. Em geral os alunos encontram muita dificuldade em se adaptar a uma mudança de contrato. È certo que a renovação e a renegociação, bem como a transgressão do mesmo, dependem não só do tipo de trabalho como também do meio onde se dá a prática pedagógica. Assim quando o aluno se depara com uma
situação diferente, na qual fogem de seu cotidiano, os alunos ficam apreensivos, com medo e surgem uma série de indagações. Observando essa quebra de contrato, verificamos que os resultados confirmam as outras pesquisas realizadas.



Também verificamos, através deste trabalho, a Importância do Erro e da Correção. É importante que o professor trabalhe com o erro de uma forma minuciosa, transformando-o em recurso pedagógico, identificando assim diversas formas de raciocínio. Porém, a correção do erro requer alguns cuidados, pois é preciso observar sempre o raciocínio do aluno, pois corrigir na maioria das vezes pode significar punir.



O erro não é mais uma falha que se deve evitar a qualquer preço. Ele pode contribuir para a construção do conhecimento. Entretanto, convém notar que existem muitos tipos de erros e que nem todos são necessariamente, construtivos do conhecimento.



Fazendo uma comparação entre as salas podemos concluir que apesar de terem idades diferentes, respostas e dúvidas que surgiram no decorrer da aplicação do teste foram semelhantes. Ficou evidente ao iniciar a prova que os alunos tinham a necessidade de uma resposta, onde acreditavam que o professor tinha conhecimento. Muitos alunos erraram as questões, pois foram treinados para aplicar formulas e talvez a maioria deles nunca vivenciaram algo diferente, onde um problema matemático, não possa existir solução. Dentro dessa pesquisa , ficou evidenciado também a falta de confiança entre si, onde alguns alunos até perceberam que o problema não tinha
como ser revolvido, mas mesmo, assim não teve coragem de arriscar. Pois no seu conceito matemático sempre tem que existir uma resposta.



Lembrando que esta pesquisa está inserida dentro de um projeto de estágio supervisionado, pudemos refletir que para podermos exercer uma prática pedagógica mais efetiva num universo (sala de aula) de constantes transformações, fortemente influenciado por fatores externos, tais como as novas tecnologias de informação e comunicação, se faz necessário a busca pela constante atualização profissional. O ensino deve estar voltado para a realidade do aluno, despertando seu interesse, levando-o a (re)construir significados, e a assumir uma postura mais autônoma, crítica e reflexiva diante do contexto em que
vive. Por isso, esta pesquisa teve uma importância fundamental para nós, pois conseguimos ver como é a reação dos alunos perante a quebra do contrato, também presenciamos essa quebra do contrato como alunas, contribuindo bastante para a conclusã o do nosso trabalho e de nossa futura prática profissional como professores de Matemática.






7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS




BOGDAN, R.; BIKLEN, S. K. Qualitative Reserch for Education: an introduction for to theory and methods. Boston: Allyn and Bacon, 1982.



BOOTH,W. G.;COLOMB, G. G.; WILLIAMS, J. M. A arte da Pesquisa . São Paulo: Martins Fontes, 2000.



D'AMORE, Bruno. Epistemologia e didática da Matemática . São Paulo: Escrituras Editora, 2005. (Capítulo "O contrato didático" p.70-80).



GOODE, W.; HATT, P. K. Métodos em pesquisa social . São Paulo: Nacional, 1968.



LÜDKE, Menga; ANDRÉ, Marli E. D. A. Pesquisa em educação: Abordagens qualitativas . São Paulo: EPU, 1986.



PAIS, Luiz Carlos. Didática da Matemática: uma análise da influência francesa . Belo Horizonte: Autêntica: 2002. (Capítulo "Jogo pedagógico ou o contrato didático" p. 77-87).



SILVA, Benedito Antonio da. Contrato Didático . In: MACHADO, Silvia Dias Alcântara et. al. Educação Matemática: uma introdução. São Paulo: EDUC (PUC-SP), 1999.

























ANEXO



· Teste que foi aplicado para os alunos:




1) Alguns meses têm 30 dias, outros 31, quantos meses tem 28 dias?




2) Se um médico receita três pílulas e pede para você tomar uma pílula a cada meia hora, em quanto tempo você terá tomado todas as pílulas?




3) Eu fui para a cama às 8 da noite. Dei corda no despertador e coloquei o alarme para despertar às 9 da manhã. Quantas horas de sono eu tive antes de ser despertador pelo alarme?




4) Divida 30 por meio e adicione 10. Quanto você achou?




5) Um fazendeiro tinha 17 ovelhas. Todas menos 9 morreram. Quantas ovelhas vivas ficaram?




6) Se você tem um fósforo e entra num quarto FRIO e ESCURO, que tem um aquecedor a óleo, uma lâmpada a querosene e uma vela , qual você acende primeiro?




7) Pegue 2 de 3 maças. Quantas maças você tem agora?




8) Segundo a bíblia, quantos animais de cada espécie Moisés levou com ele na Arca? (Atenção! É de cada espécie!).




9) Se você dirigiu um ônibus com 43 pessoas a bordo de São Paulo, parou em Campinas pra pegar 7 pessoas e deixar 5 passageiros e parou em Araraquara pra deixar 8 passageiros e pegar 4 a mais, e , finalmente, chegar a São José do Rio Preto 8 horas depois, qual o nome do motorista?




10) Num navio há 26 carneiros e 10 cabras. Qual é a idade do capitão?




11) Uma criança tinha 115 cm de altura quando tinha 10 anos. Qual será sua altura quando tiver 20 anos?




12) Uma embarcação leva 3 dias entre Lê Havre e Nova Iorque. Quanto tempo levarão 3 embarcações para fazer esse percurso, se navegarem na mesma velocidade e partirem de Lê Havre na mesma hora?




13) Dois trabalhadores levaram 4 dias para cavar um poço. Quanto tempo levariam 4 trabalhadores para cavar um poço igual?




14) O elevador de um edifício de 10 andares parte do terreo com 4 pessoas: 2 mulheres, 1 homem e 1 criança. Pára no 4º andar e aí sai 1 mulher e entram 3 homens. No 7º, saem 2 pessoas. Sabendo-se que houve apenas mais uma parada no 9º onde não desceu nenhuma criança e que o elevador chegou ao 10º andar com 11 pessoas, pergunta-se qual a idade do ascensorista?

18 de setembro de 2009

Vídeos Matemáticos: Ano Internacional da Astronomia 2009

PLANEJAMENTO INTERATIVO Biblioteca como espaço de aprendizagem.
Professora mediadora de Leitura e Pesquisa: M. de Fátima M. Baumgärtner
Professor de Matemática: Valdir de Assis Chaves
Turma: Alunos da 6ª série

Física quântica para crianças/O que é física quântica
Origem: Wikilivros, livros abertos por um mundo aberto.
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A Física Quântica surgiu como a tentativa de explicar a natureza naquilo que ela tem de menor: os constituintes básicos da matéria e tudo que possa ter um tamanho igual ou menor. Neste colóquio, serão apresentados alguns princípios e leis fundamentais encontrados através da Física Quântica, tais como a dualidade onda-partícula e o Princípio da Incerteza. Será, então, discutido o modo como essas leis que governam o universo subatômico podem se refletir no dia-a-dia das pessoas.

É uma parte da Física que se diz ser não intuitiva. Isso significa que muitas partes dela parecem não ser verdade. Por exemplo, a dualidade onda-partícula diz que partículas se comportam ora como partículas ora como ondas. É uma afirmação no mínimo estranha, bizarra. Mas é o que acontece no mundo real. No nosso dia-a-dia achamos que vivemos num planeta plano, mas não é verdade, nosso mundo é arredondado, num formato chamado esferóide.

Por ser não intuitiva, ela foi considerada uma falsa teoria. O próprio Einstein (que foi um dos fundadores da física quântica) acreditava que a física quântica estava errada. Mas com o passar do tempo percebeu-se que ela explicava tão bem o resultado das experiências, que tinha de ser verdade.

Nosso dia ocorre numa escala dita macroscópica. São os objetos que podemos enxergar sem a ajuda de lentes ou microscópios atômicos. A física quântica lida com coisas muito, tremendamente pequenas. Muitíssimo menores que um milímetro.

O mundo em que vivemos é feito de átomos. Os átomos são feitos de coisas ainda menores chamadas quarks e elétrons. Ainda não sabemos se os quarks são feitos de coisas ainda menores. Os átomos, elétrons , quarks e outra coisa tão pequena que ainda não sabemos muito sobre ela, chamada fóton, têm comportamentos bizarros de vez em quando: nunca podemos saber exatamente onde estão. Não é por falta de instrumentos potentes, é uma lei da física, chamada Princípio da Incerteza de Heinsenberg, que diz que nunca saberemos a exata posição das coisas. Nunca saberemos onde os elétrons de um átomo estão exatamente. Nunca. É algo estranhíssimo, mas é a verdade. Há elétrons que, inclusive, somem de um lugar e reaparecem em outro, algo como um teletransporte. Não dá para ver que caminho seguiram para ir de um lugar a outro, só sabemos que eles fazem isso.

Já citamos a dualidade onda-partícula. No mundo em que vivemos, ondas são muito diferentes de objetos. Porém, se tivéssemos o tamanho de átomos, tudo se comportaria como uma onda de vez em quando e como uma partícula outras vezes. Essa foi uma das consequências mais bizarras da física quântica.

Há átomos, como o de Urânio que, do nada, explodem. Nunca sabemos que átomos vão explodir, ou quando, só sabemos que alguns vão e outros não. Aparentemente, nada faz eles explodirem, mas eles explodem. Irritou tanto a Einstein que ele disse sua famosa frase "Deus não joga dados".








PLANEJAMENTO INTERATIVO Biblioteca como espaço de aprendizagem.
Professora mediadora de Leitura e Pesquisa: M. de Fátima M. Baumgärtner
Professor de Matemática: Valdir de Assis Chaves
Turma: Alunos da 5ª série

Objetivo:Identificar a Matemática como atividade do cotidiano.

Justificativa:A matemática está em tudo. É uma disciplina utilizada praticamente em todas as áreas do conhecimento cientifico e, principalmente no cotidiano. Contudo, nem sempre é oferecida de modo prático para que o aluno possa relacionar com suas ações. A Matemática ocupa lugar de destaque na vida escolar dos alunos, desde as séries iniciais do ensino fundamental.Ela se destaca por possuir uma linguagem própria. Através dela o conhecimento matemático é empregado na resolução de problemas do cotidiano.

Metodologia: Utilizaram a biblioteca para realizar pesquisa, leitura e conhecer Vídeos Matemáticos. Os alunos deram opiniões, registraram partes importantes e debateram o tema do vídeo. Tudo foi fotografado e anexado ao jornal da escola.

Recursos utilizados: Tv, Dvd, Câmera digital, internet, computador, cadernos e canetas.

Literatura: O livro ALICE NO FUNDO DO ESPELHO (Lewis Carroll) foi citado no vídeo e faz parte do acervo de nossa biblioteca.

Sites de referência: You tube
Citação: "A matemática é o alfabeto com que Deus escreveu o universo." (Galileu Galilei)
"La mathematica l'alfabeto nel quale DIO ha scritto l' universo"
Matemática (em grego: μαθηματικός (mathematikós) que significa "apreciador do conhecimento") é frequentemente definida como o estudo de padrões de quantidade, estrutura, mudanças e espaço. Mas informalmente, alguns a denominam como o "estudo de figuras e números". Na visão moderna, é a investigação de estruturas abstratas definidas axiomaticamente, usando a lógica e a notação matemática. Do ponto de vista realista, ela é a investigação dos objetos ou conceitos que existem independentemente do nosso raciocínio sobre elas. Devido a sua aplicabilidade variada a todas as ciências, a matemática pode ser considerada "a língua da ciência" e "a língua do universo".



Donald no País da Matemágica(Donald in Mathmagic Land, EUA, 1959)
Gênero: Animação, Documentário, Fantasia.
SINOPSE

Espécie de documentário voltado para o mundo infantil, no qual Disney usa a animação para explicar como a matemática pode ser fácil de entender e como ela está aplicada em coisas muitos simples do cotiadiano.

O desenho original, "Donald in Mathmagic Land" foi criado originalmente pela Disney no longínquo ano de 1959, há quase meio século. Em português, faz parte do DVD "Fábulas Disney", volume 3.
Educai as crianças, para que não seja necessário punir os adultos. (Pitágoras)
Fonte:
http://en.wikipedia.org/wiki/Donald_in_Mathmagic_Land


Pitágoras - o pai da matemática e da música
Trechos do ótimo "Donald no País da Matemágica". Os Pitagóricos e a Música. Continue lendo:

Educai as crianças, para que não seja necessário punir os adultos. Pitágoras
Em estado de dúvida, suspende o juízo. Pitágoras

O homem é a medida de todas as coisas. Pitágoras
O universo é uma harmonia de contrários. Pitágoras


Referências Bibliográficas

CORTELLA, Mário Sérgio. A Escola e o Conhecimento: fundamentos epistemológicos e políticos. 3ª ed. São Paulo: Cortez/Instituto Paulo Freire, 2000.

MEDEIROS, Cleide Farias de. Educação Matemática: Discurso Ideológico que a Sustenta. Dissertação de Mestrado. PUC/SP, São Paulo, 1985.

PALIS, Jacob. A importância atual da Matemática. Disponível em: www.jornaldaciência.org.br. Acessado em 27.07.2005.

SHIRLEY, Lawrence. Matemática do século XX: o século em breve revista. Disponível em: www.apm.pt/apm/revista/educ60/paraestenumero.pdf., acessado em 27.07.2005.

SILVA, Anabela e MARTINS, Susana. Falar de Matemática hoje é. Disponível em: www.ipv.pt/millenium/20.ect5.htm-31k. , acessado em 27.07.2005.

SILVEIRA, Maria Rosâni Abreu da Matemática é difícil? Um sentido pré-construído evidenciado na fala dos alunos. Disponível em: www.anped.org.br , acessado em 27.07.2005.
............................

Ano Internacional da Astronomia 2009
CURIOSIDADES
· Estação Espacial Internacional: único laboratório espacial, construído por um consórcio de 16 países (Rússia, Japão, Canadá, França, Alemanha, Itália, Suíça, Inglaterra, Suécia, Dinamarca, Bélgica, Noruega, Holanda, Espanha, Brasil e os Estados Unidos), tem um comprimento total de 108 metros, seu volume interno equivale a 2 aviões “Jumbos” e sua massa total é de 400 toneladas, a espaçonave dá uma volta na Terra a cada 90 minutos (28.000 km/h), numa altitude prevista de 400 km;

· Com a experiência profissional de 8 anos no Programa Espacial, Pontes, conseguiu preparar-se em tempo recorde para a missão brasileira com os russos. Ele teve 6 meses para dominar todos os sistemas e operações da espaçonave Soyuz e do lado russo da ISS. Além disso, nos três primeiros meses desse treinamento, Pontes teve que , concomitantemente, aprender o idioma Russo no nível necessário para a missão. Caso Pontes tivesse qualquer problema de saúde ou não obtivesse aprovação em 100% dos testes durante o treinamento, o seu backup Sergei Volkov é quem iria tripular a Missão Centenário e executar os experimentos brasileiros.




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Telescópio de Galileu faz 400 anos - INFO Online - (25/08/2009)

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Max Planck e o início da Teoria Quântica
Jean-Jacques de Groote

Ao final do século XIX a física parecia ter atingido seu clímax. As leis de Newton para a mecânica e gravitação vinham sendo aperfeiçoadas desde o Século XVII, e descreviam com grande precisão o comportamento dos corpos celestes e terrestres. Por outro lado as propriedades elétricas e magnéticas haviam sido unificadas em uma teoria eletromagnética por James Maxwell. Esta teoria provou que a luz é uma forma de onda eletromagnética que se propaga pelo espaço, assim como o são o raio X ou o ultravioleta. Com as regras para o comportamento da matéria e das ondas definidas, restaria aos físicos apenas o trabalho de aplicá-las. Não haveria fenômenos que não pudessem ser explicados; haveria apenas o trabalho de desenvolver as técnicas existentes para sistemas complexos.

Lorde Kelvin, respeitado por suas importantes contribuições a Física, chegou a sugerir que a Física havia atingido seu limite. No entanto, como ele mesmo observou, havia um porém. Dois fenômenos ainda estavam sem explicação: o experimento de Michelson e Morley, que procuravam determinar a velocidade da luz que incidia na Terra vinda de diferentes direções, e o estudo da distribuição de energia da luz emitida por sistemas conhecidos como corpos negros. E foram justamente as tentativas de explicar estes experimentos que levaram a elaboração das duas novas teorias, que alterariam radicalmente a Física como era conhecida até então: a Teoria da Relatividade e a Teoria Quântica.

O primeiro experimento indicou que a velocidade da luz que atinge a Terra é a mesma em qualquer direção, fato que levou Einstein a considerar que a velocidade da luz é a mesma para qualquer referencial o que resultou na elaboração da Teoria da Relatividade Especial. O segundo experimento refere-se a radiação eletromagnética emitida por corpos que reemitem toda a radiação que incide sobre eles. Este experimento permite então o estudo da forma como a radiação e o corpo interagem. O problema foi analisado pelo físico Max Planck, e levou a uma revolução na teoria física ao revelar que o comportamento de pequenos sistemas obedecem regras que não podem ser explicadas pelas leis das teorias clássicas. O mundo atômico e sub-atômico não obedeceriam as regras do nosso mundo do dia-a-dia, sendo necessária novas interpretações as quais nossa intuição não se aplicava mais.

Max Planck, nascido na Alemanha em 1858, foi um excelente aluno, obtendo o grau de doutor com apenas 21 anos. Sua decisão de seguir a carreira de físico teórico pode ser compreendida em sua frase, "O mundo externo é algo independente do homem, algo absoluto, e a procura pelas leis que se aplicam a este absoluto mostram-se como a mais sublime busca científica na vida". O estudo sobre radiação de corpos negros, que levou a origem da teoria quântica, tinha algo de absoluto, pois segundo a definição de Kirchhoff, professor de Planck, a característica de um corpo negro perfeito é sua capacidade de reemitir toda radiação que incide sobre ele; é um emissor e absorvedor perfeito. A radiação emitida é estudada para diferentes temperaturas do sistema. Quando um corpo é aquecido, emite radiação cuja natureza muda com a temperatura. Um metal por exemplo, quando aquecido pode emitir radiação visível, na forma de luz vermelha, ou invisível a nosso olhos, como o infravermelho.


Radiação de Corpo Negro - Corpos Negros são corpos que reemitem toda a radiação eletromagnética que incide sobre eles. Na prática, estuda-se a radiação formada em uma cavidade, que pode ter a forma de um cubo, no interior de um corpo negro. Assim evitava-se a influência externa, e a geometria da cavidade pode ser escolhida para facilitar os cálculos teóricos. A radiação estudada é então emitida por um pequeno furo, produzido no material


Radiação eletromagnética - A luz, como verificou Maxwell, é formada por ondas eletromagnéticas, que são campos elétricos e magnéticos paralelos se propagando no espaço. As ondas eletromagnéticas tem velocidade c = lf , onde c é a velocidade da luz, l o comprimento de onda, que é a distância entre os picos, e f é a freqüência (o inverso do período de uma oscilação).


Esquematização do espectro eletromagnético para vários comprimentos de onda e freqüência - A velocidade das radiações eletromagnéticas é a mesma, mas a freqüência pode mudar, desde que o comprimento de onda compense esta mudança. Assim, por exemplo, as ondas de rádio tem comprimentos de onda longos, mas pequenas freqüências. O raio x, tem um comprimento de onda tão pequeno que pode afetar os átomos de nossas moléculas.

Vários resultados experimentais estavam disponíveis em torno de 1890 mostrando, a diferentes temperaturas, como a energia radiante é emitida para diferentes freqüências. As tentativas de explicar o comportamento da radiação não foram bem sucedidas. Os trabalhos teóricos realizados utilizando os conhecimentos da mecânica clássica e da termodinâmica não podiam explicar os resultados obtidos (ver figura abaixo).


Comparação entre os dados experimentais e as prevsões clássicas e de Planck - A partir das observações experimentais, Wien obteve uma fórmula que se aproximava da curva da densidade de radiação em função do comprimento de onda l, mas era acurada apenas para pequenos comprimento de onda. Rayleigh e Jeans partiram das fórmulas da mecânica clássica para um oscilador e obtiveram uma fórmula que funcionava para grandes valores de l. A fórmula de Planck, utilizando o novo conceito de quantizacao da energia dos osciladores descreveu exatamente os resultados experimentais e, nos casos limites, as fórmulas de Wien e Rayleigh-Jeans.

Planck verificou que uma nova forma de encarar o modo como as partículas da caixa geravam a radiação eletromagnética seria necessária para explicar o comportamento da radiação emitida por corpos negros. Classicamente espera-se que as partículas da caixa oscilem com qualquer energia (permitida para uma dada temperatura), e assim emitissem radiação a qualquer comprimento de onda ou freqüência. No entanto, para que Planck obtivesse sua fórmula, as partículas oscilando só poderiam emitir a radiação por pacotes, e a energia destes seria proporcional à freqüência na forma E = h f. A constante h ficou conhecida como constante de Planck. Assim, a energia emitida seria discretizada, ou, quantizada.

A hipótese da discretizacao das energias de partículas vibrando, por parte de Planck, não encontrava nenhum análogo na época. Era tão radical que, mesmo reproduzindo exatamente uma observação experimental, não foi aceita até que viesse a ser adotada por Einstein em 1905. Também é uma primeira indicação de que as regras que valem para nosso mundo macroscópico não valem para o nível atômico. É inclusive um exemplo de como a natureza mostra surpresas que fogem a nossa previsão conforme a investigamos em maiores detalhes.

Levaria ainda cerca de 20 anos para que uma teoria quântica consistente fosse elaborada, e que sua incrível capacidade de explicar e prever fenômenos físicos a levasse a ser aceita pela comunidade científica.

Jean-Jacques de Groote é pesquisador da Fapesp no Instituto de Química da Universidade Estadual Paulista (Unesp) em Araraquara, SP.
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Diretor de redação
Carlos Vogt


Edição
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Roberto Belisário Diniz

Reportagem
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Mário Augusto
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Roberto Belisário
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Rosane de Bastos
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