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23 de setembro de 2011

PRIMAVERA


ABRAA JANELA DE SUA CASA E DEIXE O SOL ENTRAR
A PRIMAVERA CHEGOU E NO JARDIM UMA FLOR VAI BROTAR

VISITE UM JARDIM E LEVE UMA FLOR
VISITE A VIDA E DEIXE O SEU AMOR

O COLORIDO INTENSO DAS FLORES NOS TRAZ PAZ
O SORRISO DE UMA CRIANÇA FELIZ NOS FAZ


GIRASSÓIS AO AMANHECER

As manhãs primaveris nunca mais serão as mesmas

Pois em cada amanhecer

Girassóis perfumam o ar

Abrigando humildemente borboletas multicores

E insetos curiosos a espreitar o néctar

Que forma a seiva da vida

Os girassóis repousam ao entardecer

Mas ao voltar o sol em cada amanhecer

Abrem-se em pétalas de um amarelo vivo e intenso

Como as mãos que se abrem e imploram

A suavidade de um toque humano

Girassóis plantados por mãos ágeis

Em terra fofa e fértil

Gerando sementes

Que serão flores do amanhã.

As mãos do amor cultivam as sementes férteis

A suave brisa De nada mais precisa

Do que um jardim florido

Para dele roubar-lhe as pétalas das flores

O perfume o néctar o mistério.

No decorrer da existência

A sensualidade Do despertar da adolescência

Inicia o desabrochar

E põe perfume no ar Nas tardes primaveris

Há uma rede na varanda

Embalando os sonhos

E o calor do sol aquece o coração.

Mas ao entardecer da vida

Cada momento é um ponto de partida

Na busca incessante de ser feliz.
Maria de Fátima M. Baumgärtner
...............................................................
Helianthus annus

Por:Rose Aielo Blanco
Kit Vamos Plantar Girassol está à venda na www.lojadojardim.com

Seu nome científico é Helianthus annus - o que explica sua imponência e porte majestoso: a palavra Helianthus significa "flor do sol". Além de bonita, a planta é utilíssima, pois do girassol tudo é aproveitado - desde as sementes, até as flores e os ramos.
Nos últimos anos, o girassol ganhou destaque como planta ornamental. O desenvolvimento de variedades com tamanho reduzido - os mini-girassóis (Helianthus annus nanus) - permitiu que esta planta passasse a figurar em arranjos e decorações. Seu formato exótico e o tom amarelo-alaranjado intenso acrescentam vida e dinamismo aos ambientes. No jardim, os girassóis brilham majestosamente, exibindo sua intrigante rotação, sempre voltada para o sol.
Planta anual, pertencente à família das Compostas, o girassol é originário da América do Norte e se reproduz por meio de sementes. Trata-se de uma planta robusta e muito resistente, que produz flores na primavera e no verão, mas pode florescer o ano todo, especialmente sob temperaturas entre 18 e 30 graus C.

Para cultivá-lo...

O cultivo do girassol não apresenta muitos segredos, basta observar alguns detalhes:

* o local deve ser bem ensolarado com, no mínimo, 4 horas de sol direto, todos os dias;
* por ser uma planta anual, recomenda-se o replantio a cada ano;
* o solo ideal para o plantio deve ser composto de: 1 parte de terra comum, 1 parte de terra vegetal e 2 partes de areia, tudo bem incorporado;
* recomenda-se regar sempre que o solo apresentar-se seco. Se a planta for cultivada em vaso, observar que a superfície do solo não deve apresentar-se totalmente seca;
* adubações periódicas garantem uma planta saudável e floração abundante;
* quanto às pragas e doenças, dificilmente o girassol apresenta problemas, mas recomenda-se a observação constante, pois a proximidade com outras plantas pode favorecer a transmissão. Em alguns casos pode ocorrer ataque de lagartas mas, se eliminadas logo no início do aparecimento, não causarão maiores problemas.

Saiba mais sobre ele...

O girassol apresenta raiz profunda, que desce perpendicularmente ao solo, chegando a medir quase de 1 metro e meio de profundidade. A planta, de porte herbáceo, atinge cerca de 3 metros de altura. As variedades miniaturas atingem no máximo 1 metro.
As flores do girassol, reunidas em inflorescência característica, são chamadas de capítulo. O receptáculo floral que contém o capítulo pode ser côncavo, convexo ou plano, sendo mais comum a forma plana.
No capítulo, existem as flores femininas e as hermafroditas. Sob a regência da natureza, nas flores hermafroditas, os órgãos masculinos abrem antes que os femininos, sendo que há um intervalo de 5 a 10 dias, nos quais deve ser feita a polinização. Por isso, há a necessidade da presença de insetos polinizadores, como abelhas, por exemplo, pois o índice de polinização por outros meios é muito baixo.

Onde encontrar: Kit Vamos Plantar Girassol está à venda na www.lojadojardim.com

Você sabe o que é assemblage
Assemblage: a arte de reunir objetos diversos para contar histórias
Ensine as crianças a explorar a assemblage, técnica que proporciona a análise de materiais e desenvolve o gosto por construir e inventar tramas a respeito das criações, boa oportunidade para trabalhar com a imaginação
À primeira vista, o produto final desse tipo de arte pode despertar estranhamento. Composta de madeira, papel, tecido, pedaços de brinquedos e muitas outras coisas unidas com cola ou simplesmente por encaixe, a obra é uma forma de expressão do imaginário do autor. Os objetos, embora reunidos para representar algo novo, conservam seu sentido original. Isso é assemblage, termo em francês que significa "montagem".

Com origens no modernismo europeu, o conceito foi usado pela primeira vez pelo francês Jean Dubuffet (1901-1985). Ele era integrante do dadaísmo, movimento que se desenvolveu na Europa no início do século 20, logo após ser deflagrada a Primeira Guerra Mundial (1914-1918). As obras dadaístas são desconexas, sem um sentido aparente, uma forma de protesto contra a guerra.

Na escola, a assemblage é uma boa pedida para as aulas de Arte. Abre muito espaço para a experimentação, o estudo e a apreciação, já que a obra e todo o percurso para elaborá-la são um desafio constante para os alunos: encontrar soluções - estéticas e ao mesmo tempo lúdicas - para os problemas de construção com que eles se deparam.

Um deles é como colar os objetos uns nos outros, já que nem todos têm pontos de contato suficientes. É preciso encontrar soluções, descobrindo como enxaixar as peças ou substituindo os materiais. Exercita-se a habilidade de configurar formas - como vertical e horizontal - e consistências diferentes - o duro e o mole, por exemplo. A capacidade de dividir tarefas também é desenvolvida, já que o mais interessante é fazer os alunos trabalharem coletivamente. Alguns podem ficar responsáveis pela montagem em si, enquanto outros fazem a seleção dos objetos que serão usados.

Para aproximar a meninada do tema, vale levar para a sala de aula imagens de obras como as apresentadas na exposição pioneira The Art of Assemblage, organizada em 1961 no Museu de Arte Moderna (MoMA) de Nova York, nos Estados Unidos. E de artistas como o italiano Alberto Bruni (1915-1995), os espanhóis Antonio Tapies e Pablo Picasso (1881-1973) e os brasileiros Arthur Bispo do Rosário (1909-1989), Wesley Duke Lee (1931-2010), Nuno Ramos e Leda Catunda.

Fonte:NOVA ESCOLA Edição 244, Agosto 2011. Título original: Reunir objetos diversos

A viagem da assemblage

Ao ver um antigo monitor de computador na Escola I. L. Peretz, a turma do 4º ano associou-o ao rosto de um velho. Um aluno disse que era "jurássico". Então, o grupo teve a ideia de colocar um dinossauro de brinquedo dentro dele e unir o velho ao novo: o monitor representa o passado e o dinossauro saindo de dentro dele, que simula uma imagem tridimensional, sinaliza o moderno. "Esta elaboração é o que há de mais rico na assemblage: a ressignificação dos objetos", diz a professora do grupo, Ligia Coelho.
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Dicas fáceis e estratégias infalíveis para deixar sua casa pronta para a primavera
Por Paula Fuzeto, do Chega de Bagunça | Yahoo! Brasi

Como diria a canção de Tim Maia: "...Porque é primavera!
Isso mesmo, a primavera chegou! Hora de abrir a casa para a nova estação.
http://chegadebagunca.blogspot.com/


Que tal começar essa estação com uma faxina na casa?
Leia as dicas para sua casa. Crie um cronograma realista, tendo em mente que um único fim de semana não será suficiente, pois você vai precisar de alguns dias para projetos como a lavagem tapetes e organização de armários.

Antes de começar, separe um saco, sacola ou caixa para armazenar os itens de doação e deixe num local onde toda a família possa depositar os objetos que serão descartados como roupas, utensílios domésticos, brinquedos e outros itens que você decidir doar. Quando o saco ou caixa estiver cheio, basta levar o conteúdo para uma instituição de caridade local.

Banheiros:
- Descarte produtos vencidos como cosméticos, produtos de beleza e medicamentos.

Quartos:
- Lave e seque os cobertores e edredons. Guarde-os limpos para o próximo outono/inverno. Se for lavá-los em casa certifique-se que estejam bem secos antes de guardar no armário para evitar mofo. Se forem higienizados na lavanderia, retire o saco plástico antes de guardá-los no armário. Se desejar guarde cobertores e edredons em sacos à vácuo para manter afastados insetos, poeira e sujeira.
- Substitua as roupas de cama de frio por um enxoval mais leve e apropriado para a estação.

Armários:
- Reorganize os armários descartando itens indesejados (Amanhã teremos dicas para reorganizar o armário).
- Substitua as roupas de frio, pelas roupas de calor.

Home-Office:
- Limpe os arquivos.
- Revise e atualize apólices de seguros e contratos.

Cozinha:
- Limpe o interior do freezer e geladeira.

Sala:
- Troque as cortinas pesadas, tapetes, mantas e almofadas. Substitua por peças mais leves e apropriadas para a estação.

Espaços Externo:
- Limpe as calhas.
- Limpe peças externas como bancos e toldos.
- Verifique a manutenção de móveis externos, telhado, paredes, varanda, pátios, entrada da garagem e calçadas.

Depósitos, dispensa, etc:
- Limpe depósito, dispensa, sótão, etc e doe ou descarte itens indesejados.
Em toda a casa:
- Limpe janelas e luminárias
- Verifique as dobradiças das portas e janelas e aplique óleo (WD40) se necessário.
- Envie os tapetes para serem limpos por um profissional ou use uma escova macia com vinagre para fazer a higienização dos mesmos.

Lembre-se: foco em uma tarefa de cada vez. E não se esqueça de pedir a ajuda de membros da família.

Leia mais no Chega de Bagunça

17 de julho de 2011

SUGESTÕES PARA AS FÉRIAS

PREZADOS LEITORES!

Para acessar a nossa galeria de fotos na web, basta clicar neste link abaixo:

http://picasaweb.google.com/livrocais

Sugestão para as férias:

A postagem abaixo, foi sugestão de nossa leitora Angeli Jacinto.
Fico muito feliz por nos presentear com esta belíssima mensagem.
Lembro-me que um dia ela me falou:
- Pra você o mundo está sempre na cor rosa...
E eu pensei assim:
- Vou ficar em silêncio e esperar que
um dia ela manifeste o seu lado rosa...
Hoje ao ler a referida mensagem,
reforço a ideia do título e digo mais:
- Ela não basta ser lida...
precisa ser vivenciada...

MARIO QUINTANA VALE A PENA SER LIDO

(Mário Quintana)

Não quero alguém que morra de amor por mim...
Só preciso de alguém que viva por mim,
que queira estar junto de mim, me abraçando.
Não exijo que esse alguém me ame como eu o amo,
quero apenas que me ame,
não me importando com que intensidade.

Não tenho a pretensão de que todas as pessoas que gosto,
gostem de mim...
Nem que eu faça a falta que elas me fazem,
o importante pra mim é saber que eu,
em algum momento, fui insubstituível...
E que esse momento será inesquecível...
Só quero que meu sentimento seja valorizado.

Quero sempre poder ter um sorriso estampando em meu rosto,
mesmo quando a situação não for muito alegre...
E que esse meu sorriso consiga transmitir paz
para os que estiverem ao meu redor.
Quero poder fechar meus olhos e imaginar alguém...
E poder ter a absoluta certeza
de que esse alguém também pensa em mim
quando fecha os olhos, que faço
falta quando não estou por perto.

Queria ter a certeza de que apesar de
minhas renúncias e loucuras,
alguém me valoriza pelo que sou, não pelo que tenho...
Que me veja como um ser humano completo,
que abusa demais dos bons sentimentos
que a vida lhe proporciona,
que dê valor ao que realmente importa,
que é meu sentimento...
E não brinque com ele.
E que esse alguém me peça para que eu nunca mude,
para que eu nunca cresça,
para que eu seja sempre eu mesmo.

Não quero brigar com o mundo,
mas se um dia isso acontecer,
quero ter forças suficientes
para mostrar a ele que o amor existe...
Que ele é superior ao ódio e ao rancor,
e que não existe vitória sem humildade e paz.
Quero poder acreditar que mesmo se hoje eu fracassar,
amanhã será outro dia,
e se eu não desistir dos meus sonhos e propósitos,
talvez obterei êxito e serei plenamente feliz.

Que eu nunca deixe minha esperança
ser abalada por palavras pessimistas...
Que a esperança nunca me pareça um "não"
que a gente teima em maquiá-lo de verde e entendê-lo como "sim".

Quero poder ter a liberdade
de dizer o que sinto a uma pessoa,
de poder dizer a alguém o quanto
ela é especial e importante pra mim,
sem ter de me preocupar com terceiros...
Sem correr o risco de ferir uma
ou mais pessoas com esse sentimento.

Quero, um dia, poder dizer às pessoas
que nada foi em vão...
Que o amor existe, que vale a pena
se doar às amizades a às pessoas,
que a vida é bela sim, e que eu sempre
dei o melhor de mim...e que valeu a pena!!!

REFLETINDO SOBRE O QUE ACABEI DE LER:

Partilho com vocês o meu lado rosa da vida!

O LADO ROSA DA VIDA


Realmente, para um ser humano ser feliz e ver tudo
com olhos de sabedoria e simplicidade,
é necessário ter vivido muita emoção
em tudo que tenha feito,
para poder entender o segredo da alegria de viver.
A felicidade não é algo que se busca fora de nós.
Ela encontra-se dentro de nós mesmos.

Quando não a sentimos
é porque deixamos de fazer alguém feliz.
A felicidade tem o efeito de um bumerangue,
ele vai, mas volta sempre em nossa direção.

Quantas vezes, exigimos dos outros
mais do que podem nos dar,
procurando a perfeição em tudo o que fazemos,
preocupados com resultados
esquecendo de que o processo é o que vale.

Durante a caminhada, vivemos,
mas se pensarmos só na chegada,
deixamos de viver "o lado rosa da vida",
deixamos de sentir o aroma das flores
e a alegria das crianças.

Todos somos insubstituíveis,
mas qualquer um de nós
pode fazer melhor
aquilo que alguém já realizou.
Já não somos mais aquilo que fomos um dia,
mas temos a capacidade para sermos
aquilo que ainda almejarmos ser.
(Mª de Fátima M. Baumgärtner)

ESTA É SUGESTÃO DOS NOSSOS ALUNOS
http://www.releituras.com/mquintana_bio.asp


O tempo

A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são seis horas!
Quando se vê, já é sexta-feira!
Quando se vê, já é natal...
Quando se vê, já terminou o ano...
Quando se vê perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê passaram 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado...
Se me fosse dado um dia, outra oportunidade,
eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho
a casca dourada e inútil das horas...
Seguraria o amor que está a minha frente
e diria que eu o amo...
E tem mais: não deixe de fazer algo
de que gosta devido à falta de tempo.
Não deixe de ter pessoas ao seu lado
por puro medo de ser feliz.
A única falta que terá será a desse tempo que,
infelizmente, nunca mais voltará.

Mário Quintana
............................................
Poeminho do Contra

Todos esses que aí estão
Atravancando meu caminho,
Eles passarão...
Eu passarinho!
(Prosa e Verso, 1978)


Biografia Mário Quintana


Mário de Miranda Quintana foi um poeta, tradutor e jornalista. É considerado um dos maiores poetas brasileiros do século 20.

Mario de Miranda Quintana nasceu prematuramente na noite de 30 de julho de 1906, na cidade de Alegrete, situada na fronteira oeste do Rio Grande do Sul. Seus pais, o farmacêutico Celso de Oliveira Quintana e Virgínia de Miranda Quintana, ensinaram ao poeta aquilo que seria uma de suas maiores formas de expressão - a escrita. Coincidentemente, isso ocorreu pelas páginas do jornal Correio do Povo, onde, no futuro, trabalharia por muitos anos de sua vida.

O poeta também inicia na infância o aprendizado da língua francesa, idioma muito usado em sua casa. Em 1915 ainda estuda em Alegrete e conclui o curso primário, na escola do português Antônio Cabral Beirão. Aos 13 anos, em 1919, vai estudar em regime de internato no Colégio Militar de Porto Alegre. É quando começa a traçar suas primeiras linhas e publica seus primeiros trabalhos na revista Hyloea, da Sociedade Cívica e Literária dos Alunos do Colégio Militar.

Cinco anos depois sai da escola e vai trabalhar como caixeiro (atendente) na Livraria do Globo, contrariando seu pai, que queria o filho doutor. Mas Mario permanece por lá nos três meses seguintes. Aos 17 anos publica um soneto em jornal de Alegrete, com o pseudônimo JB. O poema era tão bom que seu Celso queria contar que era pai do poeta. Mas quem era JB? Mario, então, não perde a chance de lembrar ao pai que ele não gostava de poesia e se diverte com isso.

Em 1925 retorna a Alegrete e passa a trabalhar na farmácia de propriedade de seu pai. Nos dois anos seguintes a tristeza marca a vida do jovem Mario: a perda dos pais. Primeiro sua mãe, em 1926, e no ano seguinte, seu pai. Mas a alegria também não estava ausente e se mostra na premiação do concurso de contos do jornal Diário de Notícias de Porto Alegre com A Sétima Passagem e na publicação de um de seus poemas na revista carioca Para Todos, de Alvaro Moreyra.

Corre o ano de 1929 e Mario já está com 23 anos quando vai para a redação do jornal O Estado do Rio Grande traduzir telegramas e redigir uma seção chamada O Jornal dos Jornais. O veículo era comandado por Raul Pilla, mais tarde considerado por Quintana como seu melhor patrão.

A Revista do Globo e o Correio do Povo publicam seus versos em 1930, ano em que eclode o movimento liderado por Getúlio Vargas e O Estado do Rio Grande é fechado. Quintana parte para o Rio de Janeiro e torna-se voluntário do 7º Batalhão de Caçadores de Porto Alegre. Seis meses depois retorna à capital gaúcha e reinicia seu trabalho na redação de O Estado do Rio Grande.

Em 1934 a Editora Globo lança a primeira tradução de Mario. Trata-se de uma obra de Giovanni Papini, intitulada Palavras e Sangue. A partir daí, segue-se uma série de obras francesas traduzidas para a Editora Globo. O poeta é responsável pelas primeiras traduções no Brasil de obras de autores do quilate de Voltaire, Virginia Woolf, Charles Morgan, Marcel Proust, entre outros.

Dois anos depois ele decide deixar a Editora Globo e transferir-se para a Livraria do Globo, onde vai trabalhar com Erico Verissimo, que lembra de Quintana justamente pela fluência na língua francesa. É por esta época que seus textos publicados na revista Ibirapuitan chegam ao conhecimento de Monteiro Lobato, que pede ao poeta gaúcho uma nova obra. Quintana escreve, então, Espelho Mágico, que só é publicado em 1951, com prefácio de Lobato.

Na década de 40, Quintana é alvo de elogios dos maiores intelectuais da época e recebe uma indicação para a Academia Brasileira de Letras, que nunca se concretizou. Sobre isso ele compõe, com seu afamado bom humor, o conhecido Poeminha do Contra.

Como colaborador permanente do Correio do Povo, Mario Quintana publica semanalmente Do Caderno H, que, conforme ele mesmo, se chamava assim, porque era feito na última hora, na hora “H”. A publicação dura, com breves interrupções, até 1984. É desta época também o lançamento de A Rua dos Cataventos, que passa a ser utilizado como livro escolar.

Em agosto de 1966 o poeta é homenageado na Academia Brasileira de Letras pelos ilustres Manuel Bandeira e Augusto Meyer. Neste mesmo ano sua obra Antologia Poética recebe o Prêmio Fernando Chinaglia de melhor livro do ano. No ano seguinte, vem o título de Cidadão Honorário de Porto Alegre. Esta homenagem, concedida em 1967, e uma placa de bronze eternizada na praça principal de sua terra natal, Alegrete, no ano seguinte, sempre eram citadas por Mario como motivo de orgulho. Nove anos depois, recebe a maior condecoração que o Governo do Rio Grande do Sul concede a pessoas que se destacam: a medalha Negrinho do Pastoreio.

A década de 80 traz diversas honrarias ao poeta. Primeiro veio o Prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras, pelo conjunto da obra. Mais tarde, em 1981, a reverência veio pela Câmara de Indústria, Comércio, Agropecuária e Serviços de Passo Fundo, durante a Jornada de Literatura Sul-rio-grandense, de Passo Fundo.

Em 1982, outra importante homenagem distingue o poeta. É o título de Doutor Honoris Causa, concedido pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs). Oito anos depois, outras duas universidades, a Unicamp, de Campinas (SP), e a Universidade Federal do Rio de Janeiro concedem o mesmo tipo de honraria a Mario Quintana. Mas talvez a mais importante tenha vindo em 1983, quando o Hotel Majestic, onde o poeta morou de 1968 a 1980, passa a chamar-se Casa de Cultura Mario Quintana. A proposta do então deputado Ruy Carlos Ostermann obteve a aprovação unânime da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul.

Ao comemorar os 80 anos de Mario Quintana, em 1986, a Editora Globo lança a coletânea 80 Anos de Poesia. Três anos depois, ele é eleito o Príncipe dos Poetas Brasileiros, pela Academia Nilopolitana de Letras, Centro de Memórias e Dados de Nilópolis e pelo jornal carioca A Voz. Em 1992, A Rua dos Cataventos tem uma edição comemorativa aos 50 anos de sua primeira publicação, patrocinada pela Ufrgs. E, mesmo com toda a proverbial timidez, as homenagens ao poeta não cessam até e depois de sua morte, aos 88 anos, em 5 de maio de 1994.

Bibliografia:

- A Rua dos Cata-ventos (1940)
- Canções (1946)
- Sapato Florido (1948)
- O Batalhão de Letras (1948)
- O Aprendiz de Feiticeiro (1950)
- Espelho Mágico (1951)
- Inéditos e Esparsos (1953)
- Poesias (1962)
- Antologia Poética (1966)
- Pé de Pilão (1968) - literatura infanto-juvenil
- Caderno H (1973)
- Apontamentos de História Sobrenatural (1976)
- Quintanares (1976) - edição especial para a MPM Propaganda.
- A Vaca e o Hipogrifo (1977)
- Prosa e Verso (1978)
- Na Volta da Esquina (1979)
- Esconderijos do Tempo (1980)
- Nova Antologia Poética (1981)
- Mario Quintana (1982)
- Lili Inventa o Mundo (1983)
- Os melhores poemas de Mario Quintana (1983)
- Nariz de Vidro (1984)
- O Sapato Amarelo (1984) - literatura infanto-juvenil
- Primavera cruza o rio (1985)
- Oitenta anos de poesia (1986)
- Baú de espantos ((1986)
- Da Preguiça como Método de Trabalho (1987)
- Preparativos de Viagem (1987)
- Porta Giratória (1988)
- A Cor do Invisível (1989)
- Antologia poética de Mario Quintana (1989)
- Velório sem Defunto (1990)
- A Rua dos Cata-ventos (1992) - reedição para os 50 anos da 1a. publicação.
- Sapato Furado (1994)
- Mario Quintana - Poesia completa (2005)
- Quintana de bolso (2006)

No exterior:

- Em espanhol:
- Objetos Perdidos y Otros Poemas (1979) - Buenos Aires - Argentina.
- Mario Quintana. Poemas (1984) - Lima, Peru.

25 de maio de 2011

Sarau no Carlos Gomes



VAMOS PARTICIPAR, DIVULGAR, AGENDAR!!!!
Música:
Silvestre Kuhlmann
Suelen Mondini e Jurian Sutter

Literatura:
Márcio Ribeiro
Fátima Venutti

Artes plásticas:
Mabeck Espaço de Arte

Fotografia:
Glaucia Maindra

Estante literária:

Claudia Vetter - O Retrato da Nudez Eólica
Fátima Baumgärtner - Cais - Verso e Prosa
Fátima Venutti - Tempestade
Gregory Haertel - Quarteto de Cordas para Enforcamento
Puchyua - A Vaca Minuciosa
Rodrigo Oliveira - Selenita


Participações: falar com Tuco
tucoegg@gmail.com
www.saraufacamolada.blogspot.com
twitter.com/SarauFacamolada


3 de junho | Sexta-feira | 19h30

Ninguém Mais Fala do Amor
Silvestre Kuhlmann

Estou cansado de ouvir frases feitas,
Palavras soltas, duplos sentidos;
De ver que as coisas não tomam jeito,
Essas frases de efeito não têm nada a ver comigo.

Eu sei que alguém mentiu pra mim,
Um outro não disse a verdade;
Queria ver poesia escrita
Num muro qualquer dessa cidade.

Os pais falam aos filhos
E aos estudantes o professor;
Um rádio ligado, um comício na praça,
Um cantar do cantador;

Os sons, a lábia e a missa,
Palavras belas têm seu valor,
Mas perdem graça à premissa:
Ninguém mais fala do amor.

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